sábado, 22 de maio de 2010

DIÁLOGO ENTRE UM CRISTÃO E UM ET


Diálogo entre um cristão e um ETia

Por Paulo Queiroz

Estamos pensando em divulgar o evangelho no seu planeta para trazer-lhes a salvação.
Evangelho? Salvação? Não entendi.
Quis dizer que, não tendo os Srs. religião alguma, pretendemos ajudá-los a conhecer a Verdade da Palavra.
Verdade? Palavra? Continuo sem entender.
Explico: fomos todos, os Srs. inclusive, criados por um Deus todo poderoso, que enviou seu filho Jesus, o qual foi sacrificado para nos salvar do pecado.
(Pensando consigo mesmo: ele nada sabe sobre nós, mas é capaz de doutrinar sobre nosso destino). Acho que o que Sr. pretende divulgar entre nós é o que conhecemos aqui como Mitologia Primitiva.
Não, não é isso, eu estou falando da Verdade emanada do livro sagrado: a Bíblia.
Livro sagrado? Eu poderia vê-lo? (recebe um exemplar e lê em poucos minutos com auxílio de um tradutor).
É um texto interessante, na verdade, vários textos, compilados, recomplicados, traduzidos e retraduzidos, escritos, reescritos e revisados milhares de vezes. E remontam a épocas bem distintas entre si, e, claro, é uma obra coletiva.
Não é isso; o Sr. não entendeu; trata-se de um texto harmonioso, preciso, realista, que expressa, sem um mínimo de contradição, a mais exata palavra do Criador; tudo foi escrito sob Inspiração Divina.
Entendo. Imagino que existam centenas de livros semelhantes entre os Senhores, referindo outros deuses, inclusive.
Certamente. Mas este é o único verdadeiro, os demais são falsos ou apócrifos.
Bem, isso já é interpretação, e, convenhamos, uma interpretação um tanto ingênua e até presunçosa. Veja: para nós, o mundo está repleto de mitos de origem, e todos são falsos do ponto de vista dos fatos; e nenhum dos livros ditos sagrados resultou do talento literário de Deus, mas dos seres (Joseph Campbell. As Máscaras de Deus. Mitologia Ocidental. S. Paulo: Palas Athena, 2004).
Compreendo sua resistência inicial, afinal é seu primeiro contato com a palavra de Deus.
Talvez. De todo modo, isso é exatamente o que nós chamamos aqui de mitologia primitiva, um relato de fábulas infantis.
Que seja; ainda assim, o Sr. não estaria disposto a ouvir o conteúdo essencial das sagradas escrituras?
Claro, sou todo ouvidos.
Pois bem, antecipo que, se o Sr. se converter, será salvo do pecado e terá a vida eterna.
Vida eterna? Pecado?
Sim, exatamente, depois da morte física, como o Sr. Jesus, o Sr. ressuscitará entre os mortos e viverá para sempre, eternamente.
Acho que uma tal doutrina não tem chances de vingar entre nós.
Por que não?
É que, para nós, uma vida eterna soaria, não como salvação, mas como maldição.
Maldição?
Sim, é que podemos viver até cerca de 1.000 anos, mas costumamos, por decisão própria, morrer por volta dos 500 anos, ingerindo a pílula da morte voluntária; logo, uma vida eterna seria um castigo. É que, para nós, a morte é boa, necessária, inevitável, e não um mal a ser temido. Cremos que, como parte da natureza, tudo no mundo deve necessariamente nascer, crescer e morrer, pois do contrário a vida seria impossível ou insuportável. Aliás, de acordo com o texto que acabei de ler (cita textualmente): “O destino do homem é o mesmo das plantas, insetos e animais: nascer, crescer, envelhecer, morrer; o mais é vaidade. “Porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão” (Eclesiastes 3:19-20).
E as doenças? As suas doenças serão curadas.
Doenças? Mas nós raramente adoecemos e, quando isso ocorre, a medicina nos socorre com grande êxito, em praticamente 100% dos casos. Mas estou curioso sobre a doutrina do pecado; fale-me sobre o pecado; o que é o pecado?
Em resumo, o pecado é uma violação das leis de Deus, especialmente uma violação aos dez mandamentos: não matar, não cobiçar a mulher do próximo etc.
Entendo. Entre nós, quase não existe homicídio; por isso, sequer cogitamos de criar regras para proibi-lo. De todo modo, se tal ocorrer, é possível ressuscitar a vítima por meio de transplantes ou similar, pois a nossa medicina é muitíssimo avançada. Quanto a cobiçar a mulher do próximo, não existe entre nós essa “mulher do próximo” ou “homem do próximo”, porque entre nós as pessoas são livres para disporem de seu corpo como quiserem. E embora existam relações estáveis entre nós, não existe o que os Sr. chama de casamento; e nem faz sentido a idéia de adultério. Portanto, não existindo a regra, não existe violação à regra, logo, seria inconcebível a idéia de um tal pecado. De mais a mais, a prática do sexo é entre nós um ritual sagrado ou quase sagrado, além de muitíssimo saudável; praticamos de todas as formas possíveis: tântrico, telepático, virtual etc. Mais: sexo é pressuposto da própria vida.
Pelo que vejo, os Srs. são uns pervertidos.
Também a idéia de perversão, como a de pecado, não faz sentido entre nós. Mas não é só: proibir desejos e paixões seria uma regra artificial e contra a vida que, no máximo, nos levaria à dissimulação e à própria perversão, de sorte que a regra seria pior do que a sua violação. De todo modo, parece-nos um tanto bizarro que um Deus se ocupe de detalhes da vida sexual de alguém e procure regrá-la.
Parece que vai ser difícil doutriná-los, mas eu não tenho dúvida de que conhecerão a Verdade e a Verdade os libertará.
Ou escravizará (disse baixinho).
O mais importante, no entanto, é que os Srs. saibam que Deus concebeu seu filho Jesus da virgem Maria, foi sacrificado para nos salvar, ressuscitou entre os mortos e é o caminho, a verdade e a vida, e, portanto, a chave para redenção de nossos pecados.
Continuo sem entender: o Sr. fala que não se deve cobiçar a mulher do próximo, mas defende um Deus que gera um filho numa mulher casada; fala de amor, e, no entanto, refere um Deus que oferece seu próprio filho inocente em holocausto. Doutrina estranhíssima (uma maluquice, pensa consigo mesmo).
Estranhíssima para alguém sem fé, mas não para quem conhece a Verdade e sabe que a Verdade liberta.
Bem, eu espero que o Sr. consiga ao menos ser ouvido na sua pregação, mas não diga que não o adverti de que semeará em solo infértil.
Veremos.
Revista Jus Vigilantibus

Com carinho,
Rev Emir Tavares

domingo, 16 de maio de 2010

COMO TORNAMOS AS COISAS DIFÍCEIS MEU DEUS!

Ahh como é dificil abrir mão das coisas que mais gostamos, que demoramos tanto pra conquistar, não é verdade ? Muitos só vêem o caminho do Senhor como soluções dos problemas, como reconstrução de uma vida destruida, sim não podemos negar que é isso, mas esquecem que o caminho que devemos enfrentar é espinhoso, é árduo, um caminho estreito. Seguir a Jesus é renúnciar nossos prazeres, nossos próprios sonhos, nossos desejos, nossa estrutura toda formada durante a tempo, PORQUE SE QUEREMOS SEGUIR A JESUS NÃO PODEMOS VIVER PRA NÓS MESMOS, pois esta escrito: "Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, dia a dia toma a sua cruz e siga-me" Vemos que ainda existe um morrer em nós, e esse morrer, é: morrer para o mundo, para nós mesmo, e viver na plenitude de Cristo, porque não podemos servir a dois senhores, porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro, Não podeis servir a Deus e às riquezas (Mateus 6.24) Queres seguir a Jesus ?: Negue a si mesmo. Vale a pena negar tudo o que há neste mundo para servir a Cristo, Ele suportou toda aquela dor por nós, carregou aquela cruz, sofreu, suportou aquela dor calado, por amar eu e você.
E hoje temos uma missão, nós também temos uma cruz á carregar, mas sabemos que ele tem o tamanho e o peso certo, não deixes sua cruz pelo caminho, carregue ela, ela irá te servir lá na frente, mesmo sendo árduo o caminho, mesmo sendo espinhoso, Siga a Jesus, se a multidão te pedir pra parar: não pare, Siga a Jesus.
Diga: É todo Teu meu coração, a minha vida, é totalmente Teu JESUS. Tenha um coração segundo o coração de Deus, deixe Ele viver totalmente em você. Deixa Ele te usar da maneira que Ele quer, que você possa dizer: Eis me aqui Senhor, Usa-me como quiseres, Aleluias.

Deus abençoe vocês amados do Pai, tenham uma semana abençoada, e não se esqueçam, que ainda existe um morrer em nós, vamos nos esvaziar de nós mesmo, para que Deus venha nos encher, e que possamos cumprir o chamado Dele para nossas vidas.

 

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Remindo o TEMPO

"...Remindo o tempo." Efésios 5.16

Sempre devemos nos lembrar de que o tempo é uma preciosa dádiva de Deus. Ele nos deu o tempo para que o usemos, e o usemos bem. Em outras palavras: Ele nos deu o tempo para que transformemos os minutos, horas e dias em valores eternos. Se não fizermos isso e perdermos nosso tempo precioso, estaremos desprezando uma grande dádiva de Deus. Devemos nos conscientizar de que o tempo perdido não volta nunca mais. Cada minuto que passa se foi definitivamente; ele não voltará mais nem em toda a eternidade! Por meio do tempo que nos foi dado, temos a possibilidade de trabalhar para Deus. Pois todos os filhos de Deus são Seus colaboradores, cada um no lugar em que Deus o colocou.

Nenhuma pessoa sobre a terra transformou tanto o tempo em valores eternos como nosso Senhor Jesus. João diz no Evangelho: "Há, porém, ainda muitas outras cousas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos". O tempo é curto e a causa do Rei tem pressa! Por isso seja fiel na administração e no uso da quantia limitada de tempo que lhe foi confiada. Então um dia você ouvirá: "Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu Senhor."




quinta-feira, 13 de maio de 2010

MEDO: DESDE O PRINCÍPIO

MEDO: DESDE O PRINCÍPIO


Vemos, desde a criação do mundo, o primeiro sentimento – negativo – a ser entranhado no  homem: o medo.
Até então, o homem gozava de total liberdade em seu sentido pleno. Com o pecado, Adão toma consciência de seu estado pecaminoso e, como consequência, tem medo e tenta fugir da presença de Deus.
O medo e a fuga passam a ser uma constante na vida do homem: Caim foge e tem que ser marcado com o ferro de sua própria vergonha; Ló tem que abandonar aquela cidade promíscua – cidade em que havia feito questão de escolher e de ficar -; e por aí vai.
Na época de Moisés, quando da entrega das tábuas da Lei, o povo sente medo e seu campo de atuação é delimitado pelo próprio Deus. A partir de determinado lugar, se ultrapassado, até mesmo os animais morreriam. Que mudança em tão pouco tempo, se levarmos em consideração a história da humanidade como um todo.
E onde estava aquela comunhão na viração do dia, onde o próprio Deus tomava a iniciativa e vinha falar com aquele – até então – casal abençoado? Vinha perguntar sobre seus anseios, desejos e preocupações. Vinha dar aquele abraço gostoso; compartilhar o seu dia-a-dia celestial. O que mais queria o homem? Tomar o lugar do próprio Deus, sendo o “Homem-Deus”, conforme as palavras do filósofo Luc Ferry em seu livro que leva esse nome.


Por que aquele medo em entrar na Terra da Promessa que havia sido há séculos prenunciada pelo Senhor? O medo é resultado da dúvida, da desconfiança. “O perfeito amor lança fora o medo” (1 Jo 4:18). E ninguém personifica melhor esse "perfeito amor" do que o próprio Jesus Cristo.
Tal qual aquele povo no deserto, nossas dúvidas existenciais contribuem para que percamos o foco, e nos afastemos de Deus, e entremos em labirintos que afetam nosso estado fisico,  espiritual e emocional.
O medo faz com que entremos em “cavernas” e nos comportemos como animais insanos.
Não me refiro àquele medo saudável, que serve de alerta para nossa própria sobrevivência. Refiro-me ao medo resultante do pecado.
Precisamos voltar exatamente ao lugar onde caímos; questionarmos positivamente nossa relação com Deus e com os homens.
Precisamos retirar as pequenas pedras de nosso caminho, para que “no dia mau revestidos de toda armadura de Deus possamos resistir, vencer tudo e nos tornarmos inabaláveis” (Ef 6:13; adaptado).
O primeiro passo é esse: num ato de fé procure a presença de Deus. Procure restaurar – restaurar, no original, significa voltar ao estado primitivo antes do dano causado – sua comunhão com o Pai.
O resto fica por conta dEle, não que necessite de sua iniciativa. Só o fato de querer algo de bom provém do Pai das Luzes.
Cá entre nós; qual é o pai que não gosta de ser reconhecido e amado pelo próprio filho?
Siga em frente. Sem medos, confiando só em Jesus que já providenciou tudo para que vivas com dignidade e feliz.
Com carinho;
Rev Emir Tavares

sexta-feira, 7 de maio de 2010

SALMOS IMPRECATÓRIOS

(São os que amaldiçoam) na Bíblia, e esse fato ocasionalmente incomoda as pessoas: isso não parece concordar com o que lemos em outros lugares na Bíblia sobre amar nossos inimigos (Mt 5.44). Deveria existir tais orações, especialmente no Novo Testamento? Qual deveria ser o seu lugar no culto? Em certa extensão, no mínimo, parece claro que as imprecações são apropriadas no culto: elas são usadas na Bíblia. Grande parte do Livro dos Salmos lida com isso. Não existe na verdade uma categoria separada de “Salmos Imprecatórios” como tal (embora os Salmos 10, 83 e 94 sejam quase completamente imprecatórios). Praticamente todo Salmo tem passagens imprecatórias, e todo salmo é implicitamente imprecatório. Pedir a bênção de Deus sobre o justo é, por implicação, pedir que ele não abençoe o ímpio. Martinho Lutero observou: “Não posso orar sem amaldiçoar”; toda bênção implica uma maldição.

Sendo mais específico, a Bíblia contém maldições explícitas contra o ímpio. Moisés amaldiçoou Faraó (Ex 9.16). Samuel amaldiçoou Saul (1Sm 13.13-14; 15.28). Elias e Miquéias amaldiçoaram Acabe (1Rs 21.17-24; 22.19-23). Amós amaldiçoou Israel (Amós 9.9-10). Jesus amaldiçoou os fariseus (Mt 23). Paulo amaldiçoou Himeneu e Alexandre (1Tm 1.20; 2Tm 4.14). Mesmo os santos perfeitamente puros e justos no céu amaldiçoam seus perseguidores, pedindo a vingança de Deus contra eles (Ap 6.9-11). Não existe nenhuma razão bíblica pela qual isso não deveria continuar em nossas mentes em pelo menos cinco perspectivas:

1. Perspectiva Cristológica. Primeiro, todo o Saltério é Jesus Cristo orando ao Pai: mesmo as passagens onde ele confessa “seus” pecados, mostram belamente quão completamente ele se “fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21). Segundo, as maldições da lei foram cumpridas sobre Cristo, quando a vingança pactual terrível de Deus foi descarregada sobre ele. As orações imprecatórias da Escritura foram aplicadas a Jesus, para que não fossem aplicadas ao seu povo. Isso deveria ser deixado claro em nossa apresentação de tais orações a uma congregação. O melhor livro que já li é o de James Adams: Psalms of the Prince of Peace: Lessons from the Imprecatory Psalms. Outro bom livro sobre os Salmos em geral é o de Calvin Beisner: Psalms of Promise: Exploring the Majesty and Faithfulness of God; este tem uma seção de 20 páginas chamada “Maldições sobre os Violadores do Pacto”.

2. Perspectiva Soteriológica. Na oração, não pedimos simplesmente pela derrota dos inimigos de Deus, mas pela sua salvação também. Mesmo inimigos terríveis da Fé (tais como Saulo) têm sido gloriosamente convertidos. O ponto é a glória de Deus e o bem da igreja, e sempre deveríamos desejar a conversão deles. Sem dúvida, não deveríamos ficar cegos para o fato que alguns inimigos simplesmente não serão convertidos, e devem ser removidos de alguma outra forma.

3. Perspectiva Eclesiástica. Não deveríamos fazer orações imprecatórias contra as pessoas simplesmente porque não gostamos delas, nem mesmo contra aquelas que nos odeiam e perseguem; devemos “abençoar, e não amaldiçoar” (Rm 12.14; cf. Mt 5.43-48). As maldições deveriam ser pronunciadas oficialmente, sob a autoridade da igreja, e contra aqueles que procuram destruir a igreja. Oficialmente, podemos achar necessário pronunciar o julgamento divino contra os ímpios; pessoalmente, devemos mostrar amor e compaixão a todos os homens, mesmo nossos inimigos. Oramos para que nossos inimigos sejam removidos, não primariamente para evitar dificuldade e sofrimento, mas para que a igreja possa realizar sua tarefa.

4. Perspectiva Escatológica. Nem todas as coisas serão resolvidas nesta vida. Devemos confiar no julgamento final de Deus no Último Dia. Deus não manifestou sua ira imediatamente contra todos os perseguidores dos apóstolos, e nem o fará em nossos dias. Esperamos pela vindicação final no final da história.

5. Perspectiva Sociológica. Nosso propósito primário é adorar a Deus. Tanto quanto possível, portanto, deveríamos buscar edificar os adoradores. Alguns são tentados a adotar uma atitude “profética” e impensada, agindo como se todos que discordam deles fosse um inimigo cruel de Deus. Particularmente num dia quando o Cristianismo é igualado com sentimentalismo pegajoso e xarope, uma fé vigorosamente bíblica pode encontrar muito choque cultural com os crentes fracos. Mas o povo de Deus deve ser tratado com respeito e sensibilidade; eles devem ser cuidadosamente conduzidos (não empurrados) a uma cosmovisão centrada em Deus. Se tivermos uma escolha, então deixemos Deus cuidar de explodir os lobos; os pastores devem cuidar das ovelhas.

Uma apresentação honesta e justa dos Salmos imprecatórios tentará demonstrar a justiça e santidade de Deus de uma forma que seu amor e misericórdia brilhem também. Isso pode ser feito apenas mostrando como tais coisas estão relacionadas a Jesus Cristo, em quem “a misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram” (Sl 85.10).

Fonte: Chalcedon Report, Março de 1997.

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

O NOME DE JESUS

Já faz algum tempo que o nome de Jesus já não é mais o mesmo. Pois é, aliás, infelizmente, desde Constantino que o nome "Jesus" vem perdendo significado e respeito. Antes de você me chamar de herege ou desrespeitoso, saiba que eu não falo do Nome que é sobre todo nome, o qual, um dia, toda língua confessará como Senhor, o Nome proclamado com poder e autoridade pelos apóstolos do Novo Testamento, diante do qual os poderes malignos tremem e se dissipam até hoje. Não falo do Nome anunciado como libertação por mudos e ouvido por surdos, não se trata do Nome Eterno do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e que independe da conjunção correta das vogais e consoantes.

Que fique bem claro! Não estou falando do Nome que transcende o nome histórico ou cultural de "Jesus". O Nome do Verbo de Deus é irretocável, não há como ser mal interpretado, distorcido ou distanciado do Nome do Deus Conosco, Príncipe da Paz, Maravilhoso, Deus Forte e Conselheiro visto que este Nome faz efeito é no coração dos que crêem e não em suas cordas vocais.

Entretanto, é preciso entender que existe Jesus e "Jesuses"... o primeiro é Senhor de todas as coisas, até mesmo das nossas vontades, levou sobre si as nossas dores, enfermidades e pecados. O castigo que nos trás a Paz foi posto sobre Ele, apesar dele mesmo não ter cometido nenhum mal ou pecado... este orou por seus inimigos e os abençoou, ensinou o perdão e o amor incondicional. Se ofereceu como fiador e resgatador das nossas dívidas de sangue, mesmo sendo, nós, ainda pecadores e maus, sem merecimento algum. O Jesus, Senhor, ensinou a dar de graça o que recebemos de graça. E por graça, misericórdia e bondade Dele nos salvou quando expôs os principados e as potestades ao vexame de serem subjugados e vencidos por Ele, em Sua morte inocente na cruz.

Mas existem os "Jesuses" proclamados e "evangelizados" mundo afora que, não obstante seus nomes serem escritos e pronunciados com as mesmas letras que compõem o nome histórico de Jesus, nada tem a ver com o Nome de Jesus, Senhor dos senhores.

O Jesus que pede oferta para abençoar, curar, prosperar ou livrar do "devorador" não é o mesmo Jesus anunciado pelo nosso irmão e apóstolo Pedro, na entrada do templo, ao paralítico que, de um salto, se pôs em pé pelo poder do Nome do Senhor.

Há quem insista em fazer de Jesus um deus pedinte, mesquinho e barganhador, um deus nada misericordioso, que ama somente na medida em que é amado e servido por aqueles "da fé" ou da "visão", que despreza os que não sabem pronunciar seu nome corretamente ou não se desgastam em sacrifícios intermináveis de campanhas, atos proféticos e propósitos puramente humanos.

Sim! O Jesus Senhor, tem vergonha de ser confundido com o Jesus das multidões, das massas de manobra, do mercado do Jesus Gospel, da moda e das fábricas de "levitas" e "ungidos" que proclamam com os pulmões cheios de emoção o nome do Jesus Show e o Jesus Curandeiro ou Exorcista, que fazem o que fazem não para anunciar a chegada do Reino de Deus, mas para lucrar e construir o seu reino particular de mansões nada celestiais.

O próprio Senhor nos preveniu dos "Jesuses" que viriam em seu nome: "Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?

Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade." (Mateus 7.22-23)

O Jesus simples do Evangelho, não pode ser confundido com o Jesus que ensina a obtenção egoísta dos bens de consumo, da ostentação e acúmulo de tesouros onde a traça e a ferrugem destroem, dos templos de mármore e ouro construídos na areia das vaidades de alguns dos modernos "apóstolos", "missionários", "sacerdotes" e "pastores".

O Jesus, Palavra da Vida, não é dobrado pelos decretos do homem, não é convencido pelo muito falar, não é "profetizável" de acordo com a vontade do homem, mesmo que este seja um "homem de Deus", mas o Jesus Senhor é galardoador de todos os que o buscam com gratidão e consciência da boa notícia de que já está tudo pago e que é tudo de graça agora, para qualquer um.

Não é difícil diferenciar o Jesus, Pão da Vida, do Jesus que vive do pão, do dinheiro depositado no altar não com gratidão, mas como bolsa de valores. O Jesus da Verdade ensina que a vontade soberana é sempre de Deus e não dos caprichos humanos. O Jesus Vivo não é o Jesus da religião, do templo ou do proselitismo institucional, político e eleitoral, mas sim o Jesus que tem as chaves da morte e do inferno, que tem as Palavras de Vida Eterna.

Não digo estas coisas afim de ofender ninguém, pelo contrário! Minha oração é para que aqueles que falam em nome deste Jesus poste-ídolo, arrependam-se e creiam no Evangelho genuinamente enquanto há tempo, pois "Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.

E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme." (2 Pedro 2.1-3)

O Jesus, Verdadeiro Deus, não é o Jesus Mitra ou Maytreia, não é o Jesus restrito ao Cristianismo somente, não é o Jesus Acusador ou Exterminador dos infiéis. O Jesus, Consolador, é o caminho de volta para Deus sem preço, sem mistério, sem magia, sem véus, em qualquer tempo ou lugar, até mesmo onde não se conhece o nome Jesus, mas se confessa na vida o Nome sobre todo o nome do Jesus Senhor.


O Deus que tem o Nome sobre todo o nome te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!
fonte[ovelha magra]
Com Carnho
Rev Emir Tavares

terça-feira, 4 de maio de 2010

VAMOS ESTUDAR

BLASFEMAR CONTRA O ESPÍRITO SANTO
Referência: MATEUS 12.22-37

BLASFÊMIA = injuriar, caluniar, vituperar, difamar, falar mal.

A Blasfêmia ao nome de Deus era pecado imperdoável no VT - Lv 24.10-16.

Por isso acharam que Jesus era réu de morte porque dizia que era Deus e isto para eles era blasfêmia (Mc 14.64). Compare Mc 2.7 e João 10.33.

A alma que pecava por ignorância - trazia oferenda pelo pecado - Nm 15.27.
Mas a pessoa que pecava deliberadamente era eliminada, cometia um pecado imperdoável - Nm 15.30.

Pecar contra um conhecimento claro da verdade é evidentemente uma blasfêmia contra o Espírito Santo, e por natureza, este pecado faz com que o perdão seja impossível, porque a única luz possível é deliberadamente apagada.

Aquele que cometeu este pecado nunca terá perdão. Toda a igreja pode orar por ele, mas ele nunca será salvo (I Jo 5.16). De fato, a igreja nem deveria orar por ele (I Jo 5.16). Segundo Jesus “é réu de juízo eterno” (Mc 3.29). Segundo Judas 4,12,13 “estão perdidos para sempre.” Segundo II Tm 3.8 “são réprobos quanto à fé.”


I. O QUE NÃO É O PECADO IMPERDOÁVEL?

1. Incredulidade final = Billy Graham em seu livro ESPÍRITO SANTO diz que a blasfêmia contra o Espírito Santo é permanecer incrédulo até à morte. Contudo o contexto de Mateus 12 mostra que Jesus falava para os fariseus que não estavam na hora da morte - Mt 12.32; Mc 3.29; Lc 12.10. É verdade que quem morre na incredulidade está perdido, mas não é este o pecado chamado blasfêmia contra o Espírito Santo.

2. Rechaçar por um tempo a graça de Deus = Saulo de Tarso rechaçou (At 26.9; I Tm 1.13). Os irmãos de Jesus também rechaçaram (Mc 3.21; Jo 7.5). E eles foram salvos.

3. Negar a Cristo e a sua divindade = Pedro negou a Cristo. Paulo negava a divindade de Cristo.

4. Negar a divindade do Espírito Santo = Se assim fosse nenhum Testemunha de Jeová poderia se converter.

5. Entristecer o Espírito Santo = O crente não comete este pecado imperdoável, pois ele não pode perder a salvação. Davi entristeceu o Espírito Santo e era salvo.


II. O QUE É A BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO?

Embora não seja cristão, este blasfemo é alguém com quem o Espírito Santo trata. Hb 6.4-6 o descreve de seis formas:

1. Iluminado = Esta metáfora descreve CONHECIMENTO. O que comete o pecado imperdoável é aquele que recebeu conhecimento da verdade Hb 10.26. Exemplos: l) Jesus havia realizado o grande milagre perto dos fariseus. A divindade de Cristo era tão notória que todos ficaram admirados (Mt 12.23). Esse conhecimento era a iluminação que receberam os fariseus que blasfemaram contra o Espírito Santo. Judas Iscariotes - tinha todo o conhecimento de Jesus e o renunciou.

2. Provaram o dom celestial = O dom aqui é a vida e a obra de Cristo. A vida de Cristo é celestial. As pessoas culpadas pelo pecado imperdoável haviam visto Jesus, estado com Jesus, conhecido a Jesus. Haviam visto Jesus operar maravilhas e haviam escutado seus ensinos. Este conhecimento fez mais grave o seu pecado.

3. Tornaram-se participantes do Espírito Santo = Isso não significa que eram moradas do Espírito Santo, de maneira que estivessem misticamente unidos a Cristo como estão os ramos à videira. O QUE É? Significa participação na obra e influência do Espírito Santo. O Espírito Santo atuou em formas milagrosas e proféticas inclusive por meio de não crentes. Os não regenerados Balaão, Saul e Judas são exemplos de homens em quem o Espírito Santo atuou. Jesus indicou que os não crentes participam do Espírito Santo neste sentido (Mt 7.22).

4. Provaram a boa Palavra de Deus = A pessoa que comete o pecado imperdoável tem provado a Boa Palavra de Deus. O vital neste caso é a palavra BOA. Essa pessoa vê que a Palavra é BOA. Exemplo: A) É como a semente que caiu no meio dos espinhos - logo a recebe com alegria Mc 4.16,17. B) Herodes - escutou com gosto a João Batista (Mc 6.20) e todavia rejeitou a mensagem de Cristo. Percebe que é bom, mas a rejeita.

5. Provaram os poderes do mundo vindouro = A palavra poderes se emprega em Hb 2.4 em relação com os milagres e certamente este é o significado aqui. É a pessoa que já viu os sinais de Jesus como os fariseus viram, mas não se deixaram mover.

6. Caíram = Apesar deste conhecimento e experiências tão claras, os blasfemos renunciaram a Cristo. Não com dúvida usual nem a incredulidade ordinária. Não contra a sua vontade como Paulo em Rm 7, nem com tristeza e choro como Pedro, senão voluntariamente - Hb 10.26, deliberadamente.


III. EXPOSIÇÃO DO TEXTO DE MATEUS 12.22-37

O contexto de Mc 3.20-30 deixa claro que a blasfêmia não é:

a) uma grave falha moral;

b) uma persistência no pecado;

c) um ato de ofender ou rejeitar a Jesus devido à ignorância ou rebelião.
MAS É: a rejeição deliberada e consciente da atividade de Deus pelo Espírito Santo e a atribuição desta atividade ao diabo.
Exemplo: Os fariseus viram o milagre e atribuíram a obra de Deus ao diabo. A pessoa não está na ignorância. Ela escolhe rejeitar a Deus e a chamar Deus de diabo. Não há nada mais que se possa fazer por tal pessoa - I Jo 5.16.

Este pecado fala do profundo perigo de atribuir as coisas boas de Deus a um ato de Satanás.

Este pecado é cometido quando uma pessoa reconhece a missão de Jesus pelo Espírito Santo, mas a desafia, a amaldiçoa e a resiste.

Os fariseus cometeram este pecado quando afirmaram contra todas as evidências que Cristo era um agente de Satanás. Era uma declaração perversa de que as obras de Cristo eram do diabo. Eles pecaram contra a luz na forma mais determinada. Amaram mais as trevas (Jo 3.19). Chamaram a luz de trevas (Is 5.20).

É impossível porque se alguém não pode reconhecer o bem quando o vê, não pode desejar o bem. Se alguém não reconhece que o mal é mal, não pode arredepender-se dele e abandoná-lo. E se não pode arrepender-se não pode ser perdoado, porque o arrependimento é a única condição necessária para o perdão.

Para responder a acusação dos fariseus, Jesus usa 5 argumentos:

1. A acusação é absurda - Mt 12.25,26 = Satanás estaria se opondo a Satanás? Satanás estaria destruindo a sua própria obra? Estaria ele sendo suicida? Estaria derrubado o seu próprio império? Nenhum reino, cidade ou família dividida se mantém.

2. A acusação é contraditória - Mt 12.27 = Os filhos dos fariseus, seus descendentes também exorcizavam - Mt 7.22. Então, se Satanás impulsiona Jesus para fazer a mesma obra, quem impulsiona seus filhos? Então seus filhos seriam seus juízes. EXEMPLO: a) Mt 21.23-27 - Batismo de João era do céu ou dos homens? B) Mt 22.15-22 - Daí a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus.

3. A acusação obscurece a verdadeira situação - v. 28 = O reino de Satanás é vulnerável, porque seus mensageiros estão sendo expulsos da vidas dos homens. O Reino já chegou. Vai alargar suas fronteiras. Os cegos, os doentes, os possessos são libertos, a verdade é pregada. Em vez de opor-se ou combater o Reino os homens devem entrar nele - Mt 7.13,14; 11.28-30; Jo 7.38. Mateus 12.29 = Jesus está amarrando o diabo e libertando seus súditos. Pela vitória no deserto, expulsão dos demônios Jesus começou a amarrar Belzebu. Esse atamento foi mais reforçado pela sua vitória sobre Satanás na cruz - Cl 2.15 e na ressurreição, ascensão e coroação - Ap 12.5,9-12. Ele está fazendo isto não pelo poder de Belzebu, mas pelo poder do Espírito Santo. Nesta luta entre Cristo e Satanás é impossível a neutralidade (Mt 12.30) Isto porque só há dois impérios. O DE DEUS E O DE SATANÁS. Uma pessoa pertence a um ou a outro.

4. A blasfêmia contra o Espírito Santo é imperdoável - v. 31,32 = Todo pecado será perdoado Mc 3.28; I Jo 1.9. Porém as conseqüências dessa blasfêmia são trágicas. Não haverá perdão.

a) Hb 6.4-6 = É impossível que sejam outra vez renovados...

b) Mt 12.32 = Não lhes será perdoado nem neste século nem no vindouro.

c) Mc 3.29 = Não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno.

d) Hb 10.26-31 = Resta expectativa horrível de juízo

e) II Tm 3.8; Judas 4,12,13


IV - POR QUE NÃO PODEM SER PERDOADOS?

1) Porque eles dizem que Jesus é ministro de Satanás

2) Porque eles dizem que a força de Jesus não é o Espírito Santo, mas o diabo

3) Porque eles pecam deliberadamente e progressivamente em vez de se arrependerem - Mt 9.11; 12.2; 12.14.

4) É imperdoável porque rejeitam o Espírito Santo e a Cristo dizendo que são instrumentos do diabo.

5. Esta acusação revela quem são - v. 33-37 = Árvore má. Fruto mau - v. 33. Raça de víboras - v. 34. Vão dar conta no dia do juízo - v. 35-36.


CONCLUSÃO

Devemos ter 2 cuidados:

1. Esse assunto não deve interpor-se no caminho das plenas implicações da graça de Deus em Cristo = O pecado imperdoável é uma apostasia total (Calvino). Toda pessoa que arrependida procura a Jesus encontra abrigo. AQUELE QUE VEM A MIM DE MANEIRA NENHUMA EU O LANÇAREI FORA.

2. Se uma pessoa está aflita com medo de ter cometido este pecado é porque não o cometeu = Essa blasfêmia é uma hostilidade declarada contra Deus depois de a pessoa ter sido exposta ao conhecimento da verdade.

O QUE FAZER AGORA?

O QUE FAZER AGORA?

“Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas” (Is 54.2).
É chegada a hora. O momento tão aguardado enfim chegou: O Senhor deu a ordem para que saíssem do cativeiro babilônico, após setenta anos.
Um momento de expectativa. Um momento de mudanças. E muita gente quando se depara com o novo se assusta. O novo incomoda, pois nos tira de um comodismo e de um estado de inércia. Alguns até se tornaram ricos comerciantes e não quiseram voltar para a casa de seus pais, pois duas gerações já haviam passado. Para que me arriscar? Quem me garante que vou me dar bem? O Senhor é a nossa garantia.
Existem os chamados determinismos internos e externos. Os determinismos internos, sobre os quais não tenho nenhum controle dizem respeito, por exemplo, ao país em que nasci; aos meus pais; minha etnia; etc. Já os determinismos externos dizem respeito a tudo que me cerca e sobre os quais possuo total controle. Minha vontade de viver e de lutar está ligada a estes determinismos externos.
O Senhor não abandonou seu povo e o faz sair de cabeça erguida e, tal qual aconteceu no Egito, sai provido de ouro e prata. Muitos ficam incrédulos, pois o que mais ouviram desde que lá chegaram é que ficariam pouco tempo no cativeiro. Só que agora quem fala é o Senhor e não falsos profetas de plantão.
O Senhor lança mão de uma linguagem bem conhecida do povo: a estéril, símbolo de maldição passará a cantar alegremente; a mulher solitária muitas vezes abandonada pelo próprio marido, terá muitos filhos.
A tenda é uma figura bem conhecida que acompanhou o povo no deserto e sinaliza a família bem com a cidade de Jerusalém. O Senhor quer que essa tenda seja bem alargada para que tenha espaço para todos.
Estender o toldo, símbolo de uma cobertura, representando a proteção do Senhor.
Alongue bem tuas cordas; não tendo uma visão míope daquilo que o Senhor tem para essa nova fase de sua vida.
Firma bem as tuas estacas; escolha um terreno adequado para suportar as intempéries da vida; não faça sua casa em terreno arenoso, pois vindo a chuva todo o trabalho de suas mãos cairá por terra.
É tempo de mudanças para aquele povo. É tempo de mudanças para o povo de Deus. É tempo de mudanças para nós.
Que as nossas tendas, os nossos toldos, as nossas cordas e as nossas estacas possam estar firmes e cheios de esperança. Esperança de dias melhores, deixando para trás todo pessimismo, todo comodismo. O Senhor quer que façamos nossa parte. Os suprimentos necessários ele já forneceu.
Não vamos viver uma vida espiritual medíocre com um saudosismo derrotista e que não leva a nada, nem tampouco deixando o tempo passar para ver o que acontece mais lá na frente. Tanto o saudosismo bem como o comodismo são empecilhos para quem quer ter uma relação saudável com o Senhor.
Não coloque empecilhos na sua vida. Tenha muito cuidado com que vai fazer daqui pra frente, não se esquecendo jamais que o Senhor está à frente de tudo.
Existe um provérbio chinês que diz: “O homem é filho do obstáculo”.
Siga em frente. Com Jesus. Sempre!
Rev Emir Tavares

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O "DEUS DOMESTICADO"



O “Deus domesticado” dos Neopentecostais

"Não gostam que o prendam... O importante é não pressioná-lo, porque, como sabem, ele é selvagem. Não se trata de um leão domesticado."
O texto citado acima faz parte da obra literária As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e O Guarda-Roupa, do escritor irlandês C.S. Lewis. A obra literária As Crônicas de Nárnia conta as aventuras e desventuras de algumas crianças (e de alguns adultos também, porém de maneira secundária) num mundo chamado Nárnia, e é dividida em sete livros que foram escritos separadamente. Esta obra era praticamente desconhecida no Brasil até o lançamento do primeiro filme, o que fez com que o livro fosse um dos mais vendidos no país. Esta obra foi um grande sucesso na Europa na segunda metade do século passado. Infelizmente foi superado pelas obras da escritora britânica J. K. Rowling com o seu Harry Potter.
As Crônicas de Nárnia tem muitos elementos cristãos, o que me leva a aconselhar aos internautas a lerem os livros da série. Entre os elementos cristãos, temos a figura do leão, que representa a pessoa de Jesus Cristo. Bem, aí está o "por quê" deste artigo.
Ao ler o trecho do texto citado acima, me deparo com uma reflexão: o leão é um animal selvagem. Quando digo selvagem, estou querendo dizer que o leão é um animal que não pode ser domesticado, ou seja, é um animal que não está adaptado para sobreviver, ou conviver, com a ajuda de (ou sob o controle de) humanos. Não pode ser educado aos nossos costumes, e nem pode ser ensinado para fazer nossas vontades. É um animal que não admite ser submisso a ninguém.
Não acho que foi por acaso que C.S. Lewis elaborou este pensamento. Com essa idéia, o escritor irlandês nos passa a imagem de que Jesus Cristo, sendo Deus, não pode ser domesticado. Deus não pode ser ensinado nos costumes dos homens. Deus não pode ser ensinado a fazer as vontades dos homens. Deus não pode ser moldado aos prazeres dos homens. Deus não pode ser controlado pelos homens. Será que C.S. Lewis já convivia em sua época com um evangelicalismo que domesticava a Deus?
Uma coisa é certa: Lewis já apontava um terrível erro do evangelicalismo para o futuro. E esse futuro chegou a nós.
O que estamos presenciando em nossas igrejas é um evangelho onde Deus é ensinado a fazer as nossas vontades. Ou falando de outra forma, a igreja tem ensinado seus membros a reconhecerem que Deus quer e vai fazer as suas vontades. Os líderes eclesiásticos estão apresentando um deus que pode ser moldado aos diferentes problemas da vida, e com um detalhe animador: para cada problema, há uma solução! Por isso, os pregadores evangélicos não medem esforços para trazerem o máximo de pessoas às suas igrejas, prometendo um deus que pode, perfeitamente, resolver qualquer problema da vida: seja enfermidade, seja financeiro, seja na vida amorosa, sentimental... Não há nada mais confortador do que isso: que Deus vivepara mim e para resolver meus problemas. Fazendo um jogo de palavras do Catecismo Maior de Westminster, temos a seguinte realidade: “Qual é o fim supremo e principal de Deus? Resposta. O fim supremo e principal de Deus é glorificar ao Homem e gozá-lo para sempre.”
Que tipo de transformação é operada nos corações dos evangélicos? Nenhuma! Por que é o homem que tem que ser transformado? Afinal de contas, Deus me aceita do jeito que sou, não é mesmo? E por isso mesmo, é Deus quem se transforma para ser acomodado às circunstâncias da vida de cada um. A única transformação operada é no status do homem: é só dar alguns R$ 1.000,00 para a igreja que já tenho direito a uma bênção! É só participar de algumas "campanhas financeiras" que a minha empresa irá prosperar! É só dar uns R$ 900,00 para ganhar uma bíblia (que custa uns 30 reais em algumas livrarias evangélicas) e minha vida já será transformada! É só dar o trízimo(dízimo para cada pessoa da trindade) que minha vida será recompensada! Simples assim...
Mais tem também uma mudança na saúde e na vida amorosa. Basta participar de algumas correntes (e levar alguns bons trocados no bolso), que aquele meu amor platônico será finalmente meu, ou que aquele vizinho que botou mau-olhado pra mim será castigado, ou que aquela doença incurável  deixará de existir no meu corpo... Enfim, é uma infinidade de milagres que o deus domesticado irá operar na vida de todo aquele que se mostrar generoso ($$$$$) para com a igreja, ou para que algum programa de televisão se mantenha no ar.
Francamente, estou enojado desse evangelho esfarrapado, minúsculo e mesquinho pregado nessas igrejas neopentecostais, apresentando um evangelho fácil, que não exige sacrifício do homem, que não exige transformação de vida, que não exige o abandono do pecado, que não exige temor e reverência da parte do homem para com Deus.
Todos esses profetas de Baal, ministros de Satanás receberão as devidas recompensas pelos atos praticados soberbamente e egoisticamente. A parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre (Ap 21.8). Não tenho dúvidas de que muitos desses falsos profetas serão desconsiderados por Deus no último dia: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade" (Mt 7.22,23).
Não é Deus que tem que ser domesticado, e sim o homem. É o homem que tem que aprender a fazer a vontade de Deus, a ser educado nos princípios e mandamento de Deus. É o homem que tem que ser submisso à vontade de Deus. Submissão essa que não considera nada em troca, senão unicamente a condição de dependência do homem a Deus. O homem precisar ser ensinado a reconhecer a sua condição de miséria por causa do pecado. O homem precisa aprender a chorar pelo seu pecado, a lamentar sua depravação, a morrer para os prazeres do mundo, da carne e do pecado e a reconhecer a soberania divina sobre a sua vida. O homem precisar ser ensinado a viver uma vida de acordo com os princípios bíblicos de santidade e pureza, olhando sempre para o alto, onde o seu coração deve repousar.

Fonte:[Os Eleitos]

Com carinho
Rev Rev Emir Tavares