quarta-feira, 30 de junho de 2010

AMAS AQUILO QUE CUIDAS?

Infelizmente, de um modo geral, os homens não cuidam daquilo e, principalmente, daqueles que estão sob seus cuidados. Alás, cuidar de alguém virou algo muito ambíguo.
Há um certo tempo já se criou até os cuidadores de idosos. E muita gente ganhando muito dinheiro com isso. Nada contra os cuidadoros e muitíssimo contra com os descuidados dessa vida; sejam inválidos ou pessoas saudáveis, pois existem pessoas que estão "esbajando saúde" e precisam de você.
Existem pessoas que idolatram quadros de arte ou livros raros como se fossem pedras valiosas de altíssimo valor. Amam o que lhe dão prazer e "status" e se esquecem de quem está ao seu lado, de tão pertinho que dá para sentir sua respiração. Mas não amam. Sinplesmente porque não nasceram com o gen do amor. Nasceram só para serem amados, apesar de afirmarem e de, até crerem, no contrário.
São doentes patológicos que destruem tudo que estiver à sua frente e ainda têm o dom de se vitimizar. Os defeitos estão nos outros, em mim só virtudes!
Quem ama e reconhece os defeitos, acreditando que são perfeições, perfeições ama e nãos os defeitos. Como um bom perfeccionista que é, perfeccionistas procura.
Como já disse os homems não amam o que cuidam, pois o mais importante é cuidar de si mesmo.
Amam as pessoas, não como são, mas, como acham que deveriam ser. Amam aquilo que pode lhes trazer um resultado significativo e que seja de forma rápida. Esquecem que o amor é paciente e não exige nada em troca.
Faça um bem a você mesmo: ame ao seu próximo não como a si mesmo. Ame ao seu próximo sim, mas dentro de valores altruístas e abnegados. Faça disso sua missão aqui na terra.
Jesus um dia antes da sua morte amou os seus "até o fim". Uma tradução mais adequada diria que Jesus amou os seus até "o extremo". Ou seja, não havia mais espaço, mais possiblidade por remota que fosse, que Jesus não tivesse adentrado nos liames dos seus e não os tivesse amado "até o fim" ou "até o extremo".
AME DE FORMA EXTREMADA E NÃO APENAS DE FACHADA!
Com carinho;
Rev Emir Tavares

quarta-feira, 23 de junho de 2010

EXEMPLO PRÁTICO DE GRAÇA!

EXEMPLO PRÁTICO DE GRAÇA:
Sir Edward Jones, famoso artista inglês do sec 19, foi tomar chá na casa de sua filha. Como um presente especial, sua pequenina neta teve permissão para sentar-se à mesa. Ela comportou-se mal e a mãe mandou-a ficar de pé num canto, de frente para a parede. Sir Edward, um avô bem treinado, não interferiu com a disciplina da neta, mas na manhã seguinte chegou a casa da filha com tintas e paleta. Ele foi até a parede onde a menina fora forçada a ficar e ali pintou quadros - um gatinho correndo atrás da própria cauda; cordeirinhos no campo; peixinhos dourados nadando.
Ele decorou a parede de ambos os lados daquele canto com pinturas para alegrar a neta. Se fosse obrigada a ficar de novo de castigo no canto, pelo menos tinha alguma coisa para olhar.
O mesmo acontece com o Senhor. Quando fazemos aquilo que não devemos, Ele pode administar disciplina,algumas bem severas, mas jamais nos volta as costas...Ele não manda Seu filho para o inferno! Nós também não caímos da graça e ficamos presos por trás das grades da Lei. Ele trata com aqueles que são Seus pela graça...favor belíssimo, encantador, não merecido.
É de fato suurpreendente!
[De Charles Swindoll em seu livro:O despertar da Graça]

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A VIDA NO DESERTO

A VIDA NO DESERTO: SILÊNCIO

Meditação: Se o SENHOR não tivera ido em meu auxílio, a minha alma quase que teria ficado no silêncio. Salmos 94:17

Deus está em toda parte. Porém, a única maneira de vivificar as coisas de Deus é vivificar o coração. Quando o coração se enche de Deus, os fatos da vida se enchem do encanto de Deus. E o coração se vivifica no deserto porque é este um tempo forte dedicado a Deus em silêncio, solidão e oração. Deserto significa confronto consigo mesmo e com a proposta de Deus referente a realidade do presente que estamos vivendo e que requer de nós uma tomada de posição, uma resposta. Aí esta o significado do deserto que Jesus fez antes de sair para o anuncio do Reino de Deus: estar cheio do Espírito Santo.

Na vida do deserto, no silêncio estamos presentes somente nós e Deus. Experimentamos o amor gratuito de Deus: O Pai me ama sem um porquê, sem um para quê, sai a meu encontro e me guia quando estou nas trevas e nas noites escuras da fé; e eu só tenho que me deixar encontrar e ser amado por Ele. A ambigüidade de nossas motivações e de nossas generosidades emergem, e nos vemos tal como somos, ou melhor, tal como Deus nos vê.

A primeira condição da Vida do Deserto manifestada pelo silêncio é a paciência. Paciência para que os que querem tomar Deus a sério. Paciência não é a arte de esperar, mas a arte de saber, e o que se sabe se espera. E, no caso presente, saber que Ele é essencialmente gratuidade e, por conseguinte, as iniciativas de uma graça são e serão desconcertantes e imprevisíveis para nós: porque nEle não funciona como em nós – as leis de causa e efeito, ação e reação, as leis da proporcionalidade, os cálculos de probabilidade, mas somente a lei da Gratuidade: tudo é Dom, tudo é graça.

Deus tem o seu tempo, a sua hora de que na plena gratuidade, que é de falar, tocar, experimentar a nossa humanidade. Importante é nos colocar em profunda, serena e calma atitude de adoração e espera. “Deus vai me falar”.

Não se esqueça de que o crescimento em Deus será lentamente evolutivo e com prováveis altos e baixos, precisamos ter paciência também nisto.

E a paciência irá gerar a perseverança. Perseverança é o segundo sinal gerada pelo silêncio do deserto. Perseverar nos momentos de aridez e dispersão.

O terceiro sinal mais seguro da presença divina manifestada pelo silêncio do deserto não é o fervor, mas a paz, uma paz – diferente da calma – que reside no nível profundo da pessoa humana.

E por fim, não podemos esquercer da esperança que nunca morre. A ilusão acaba em desilusão. Mas a esperança é uma força estável, serena e imortal que, quando tudo cai por terra, ela sempre responde: não importa, comecemos outra vez, amanhã será melhor, para cima! Vamos adiante!



PENSE: Ó Deus,

Este é o momento mais precioso do meu dia:
Vir em Teus pés em quietude
Enquanto a luz enche o meu mundo de alegria,
Passada a noite,
Passada a madrugada
Por entre gotas de orvalho formadas sobre a terra escura,
Nos segredos da noite,
No sossego dos mistérios de Deus.
Tu não podes segurar o vento do deserto.
Lá não tens montanhas para te protegerem
nem cavernas para te esconderes.
Mas podes ficar quieto,
Com o coração aberto,
E escutar no vento a voz de Deus.
Estradas de luz abrem-se o mundo,
Descendo de Deus, o Eterno.
Obrigada, Pai, por tornares santo este lugar
E abençoado este tempo na tua presença,
Na quietude do dia que nasce neste deserto,
Onde escuto a Tua voz com o coração aberto.

(Quietude. De Clarisse de Barros)

Rev Emir Tavares

domingo, 6 de junho de 2010

No Brasil, futebol é religião

No Brasil, futebol é religião / por Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequenininho.

Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa.
Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.
A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé.
A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.
Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno; ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo; ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.
O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância.
A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai.
E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.
Mas, quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio
de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz.
Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se dêem as mãos no mundo da busca de
superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.
Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia cerebral.