sexta-feira, 29 de outubro de 2010

AS FRAQUEZAS DE JÓ


"Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal" (Jó 1:1).
O livro de Jó, o mais antigo da Bíblia, bem que poderia retratar uma história que, de tanta intensidade dramática e final surpreendente, tivesse ocorrido na terra mágica de Oz.
Para muitos teólogos da linha liberal, tal livro nunca existiu. Escrevo isso só para mostrar o quão intrincado é esse episódio. Evidentemente que acredito piamente ser um livro inspirado por Deus e que nunca se extinguirá em termos de conjecturas. Trata-se da maior epopéia individual sofrida por um ser humano em qualquer época.
Credenciais bonitas não faltavam ao "paciente" Jó: íntegro, reto, temente a Deus e que se desviava do mal.
Em outras palavras: PERFEITO. Só que o olhar bondoso e misericordioso de Deus não possui nem termos de comparação em relação ao nosso olhar. Basta olhar os "heróis" da galeria da fé, para entendermos um pouco desse amor infinito de Deus para conosco: homens pecadores sim, mas que não conseguem viver longe do Pai.
Mas por que tanta desgraça? Perde filhos; é obrigado a  conviver com amigos inconvenientes e injustos; perde bens, perde posição social? Tudo isso para dar uma satisfação à Satanás?
É claro que não. Não sei de onde tiraram tal conclusão. Se a Palavra de Deus diz em Rm 8: 28 :" Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito"; tem que haver uma explicação plausível para tudo isso e que vá concorrer para o bem de Jó, um homem com todas aquelas credenciais. Mas o que podemos é, ao menos, tentar obter uma resposta.
Lancemos mãos de nossas "lupas espirituais" e, juntos, vamos esquadrinhando cada capítulo desse magnífico livro. Acho que encontramos algo depois de uma acurada pesquisa. Com nossas lupas nos detemos em um capítulo inteiro, meus queridos. Chegamos ao capítulo de número 29 (vinte e nove).
E o que observamos? Jó se refere aos tempos em que era feliz; quando a lâmpada do Senhor resplandecia sobre sua cabeça(v 2); como era reverenciado quando chegava na praça da Cidade e os moços se retiravam e os idosos se levantavam e se punham de pé (v 8). O restante do capítulo é um misto de saudosismo e auto-exaltação.  Seria conveniente a Jó auferir a si próprio tantas qualidades? Por acaso não é considerado vitupério quem a si mesmo louva? É sensato atrairmos para nós honra e glória?
Bem...Tudo são interrogações, mas que merecem nossa atenção. Talvez Jó precisasse desviar o olhar de si mesmo e se projetar mais para fora do seu "eu" existencial que precisava de tanto alimento das mãos do homem.
No começo nos referimos aos inconvenientes e injustos amigos de Jó. Mas foram exatamente eles a razão do seu escape. Leiamos Jó 42:10 "Mudou o Senhor a sorte [ou o cativeiro] de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o Senhor deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra".
Prefiro a expressão "cativeiro", pois ela retrata melhor o que vinha se passando na vida de Jó.
Não bastava se preocupar e oferecer sacrifícios em favor de seus filhos beberrões. Existiam outras pessoas mais próximas - próximas no sentido de necessidades - que precisavam da sua intercessão. Aqueles seus amigos de longa jornada, com visões diferentes da vida,  precisavam também estabelecer uma comunhão sincera com Deus, compreender o amor de Deus para com toda humanidade.
É meus queridos... Como já disse o livro de Jó é denso e carece de um olhar e coração mais compassivo e tolerante, pois trata-se  acima de tudo acerca do sofrimento humano. Do meu, do seu, do nosso sofrimento, na certeza de que o Senhor jamais nos desamparará e nos deixará sem respostas.
Asssim como Jó, que o Senhor aceite nossa intercessão em favor de muitos para que não sejam tratados mediante sua loucura e insensatez.
Com um coração intercessor;
Rev Emir Tavares

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

NÃO PERMITA QUE TE SOTERREM



"Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim,
esse será salvo" (Mt 10:22).

Algumas vezes nós nos sentimos como se estivéssemos no fundo do poço e, de quebra, ainda temos a impressão de que estão tentando nos soterrar para sempre.

É como se o mundo jogasse sobre nós a terra da incompreensão, da falta de oportunidade, da desvalorização, do desprezo e da indiferença.


Afinal, se nos permitimos chegar ao fundo do poço, só nos restam duas opções: ou nos servimos dele como ponto de apoio para o impulso que nos levará ao topo, ou nos deixamos ficar ali até que a morte nos encontre.

É importante que, se estamos nos percebendo soterrar, sacudamos a terra e a aproveitemos para subir.

Ademais, em todas as situações difíceis que enfrentamos na vida, temos o apoio incondicional de Deus, nosso Pai celestial, do qual podemos nos aproximar através da oração.

E a oração é uma poderosa alavanca de que podemos lançar mão a qualquer momento e em qualquer lugar.



Jesus nos recomendou oração e vigilância. Temos que aprender a tirar proveito de qualquer situação. Não se permita ser manipulado, oprimido, soterrado em seus sonhos e desejos.

A vigilância constante pode nos poupar de muitos dissabores, pois quem está atento facilmente percebe a investida de sentimentos perigosos que podem nos infelicitar.

É a chegada silenciosa de uma desilusão, da inveja, do orgulho, da soberba, da solidão e de outros tantos detritos que pesam em nossa economia moral e tendem a nos levar para o abismo.

A oração é recurso precioso que nos permite as forças necessárias para resistir a todas as investidas menos felizes.

Por isso, vale a pena meditar sobre os sábios conselhos de Jesus Cristo, pois eles  são a resposta para que levemos uma vida plena e feliz nessa terra.

"Viva e seja feliz". Com Jesus. Sempre.
 
ESPECIAL:



Nosso Lar


de R$ 25,00
por R$ 22,00

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

FAÇA TUDO COM DEDICAÇÃO


FAÇA TUDO COM DEDICAÇÃO
"A mão diligente dominará, mas a remissa será sujeita a trabalhos forçados" (Pv 12:24).

Venho assistindo a um documentário em que executivos de megas empresas nos EUA vem desenvolvendo um trabalho muito interessante: passando-se por funcionários recém-contratados do grupo, eles visitam várias empresas com o objetivo de ter um contato maior com suas filiais.
O resultado tem sido surpreende. Cada executivo desempenha diversas tarefas em "seu primeiro dia de trabalho", tais como: limpar fossas, trabalhar no caminhão do lixo fazendo coletas e, assim, avaliar melhor a performance dos gerentes locais e funcionários.
Eles constataram , num misto de alegria e surpresa, que os funcionários iam muito além do esperado, alguns, inclusive, acumulando funções que lhes sobrecarregavam demais na sua jornada diária. Mas tudo sem nenhuma murmuração ou insatisfação. Outro detalhe que chamou a atenção foi o desprendimento dos funcionários que faziam de tudo para ajudar a comunidade local que, por tudo isso, amava aqueles dedicados funcionários.
Um dos executivos - fingindo sempre ser um novo funcionário - foi testemunha de uma manifestação de carinho de uma moça com deficiência mental que fez questão de recitar um poema em homenagem a uma das gerentes locais e deixando bem claro que foi ela quem escreveu tudo aquilo.
Um outro funcionário, muito bem humorado por sinal, confidenciou ao "novo funcionário" que era muito grato a empresa onde trabalhava, pois quando veio como imigrante de um outro país só tinha cinquenta dólares no bolso. Mesmo trabalhando de segunda a sexta ininterruptamente e sem ver a esposa, ele encarou o lado positivo da sua vida: ele tinha todo sábado e domingo para namorar e matar a saudades com sua esposa numa lua-de-mel sem fim.
Muitas experiências semelhantes a essas aconteceram, trazendo muitas mudanças e uma melhor condição de trabalho com melhores salários e melhores condições de vida de um modo geral.
Ou seja, apesar das dificuldades, eles sempre conseguiam ver o lado bom de toda e qualquer situação.

E como se aplica, principalmente em nossas igrejas, o que diz em: "A mão diligente dominará, mas a remissa será sujeita a trabalhos forçados" (Pv 12:24)?
Não consigo ver, infelizmente, a mesma diligência. Por que será que para o serviço do Senhor, na grande maioria das vezes, tudo é feito na base da improvisação, sem amor e comprometimento?
Quando alguém é indagado responde com o velho e desgastado chavão: "O Senhor entende". Será que entende mesmo? É que o Senhor é um patrão bonzinho e aceita qualquer coisa? Não. Mil vezes, não.
Canso de ver serviços de som totalmente desajustados e se escusam, colocando a culpa no diabo que quer atrapalhar a obra do Senhor. E tudo é feito para a "honra e glória do Senhor". Mas que honra e glória são essas? No trabalho dito secular seriam sumariamente demitidos. Desde o Antigo Testamento e permeando todo o Novo, o princípio permanece: "Não se apresente ao Senhor de qualquer maneira".
Gratidão, amor e temor deveriam ser incorporados ao dicionário evangélico.
Nisso também estamos sendo observados e vamos prestar contas.
Se, porventura, uma alma sequer leu esse post divulgue e aplique em suas vidas e na vida de suas igrejas.
Muito diligente - espero -, no Senhor:
Rev Emir Tavares