sábado, 15 de janeiro de 2011

SÓ FELICIDADE? DESDE QUANDO?





"No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo; pois eu venci o mundo" (Jesus em João 16:33b)
Essa afirmativa é de Jesus, pois mais do que Ele ninguém passou por aflições em nosso favor, o que não significa, de modo algum que estaremos imunes a mazelas, como suas palavras claramente indicam
FELICIDADE???????
Para nós cristãos nunca é demais acrescentar as palavras do apóstolo Paulo para reflexão: "Aquele que limita sua fé em Cristo apenas à essa vida, é o mais miserável de todos os homens".
Evidentemente que essa é uma visão "evangélica".
O sofrimento - por incrível que possa parecer - é algo salutar, pois traduz em amadurecimento, em crescimento. É fortalecimento da nossa psiquê!
Detalhe: não podemos viver só em estado de felicidade ou só em estado de infelicidade. Impossível. Das duas uma e afirmo com a maior convicção: ou trata-se de alienação ou de masoquismo.
Com Jesus somos felizes sim. Só que com Jesus dominando todas as áreas de nossas vidas - entendam bem meus caros - e dominando tudo o que está nos porões sujos e imundos de nossa alma e - que por uma razão ou outra - jamais abriremos mão. Por que? Porque faz parte da natureza humana e implica em um processo de santificação. Mas isso leva tempo e santos somos aos olhos de Deus, somente. Só santos[separados totalmente de qualquer imundície] seremos felizes, mas não com essa "santidade" que o mundo e a própria igreja oferecem como modelo. Não com a Pax Romana que o mundo oferece. Só com a Paz de Cristo, com sua Verdade, com seus princípios de vida eterna, o que impulsiona - queiramos ou não - felicidade lá pra frente, lá quando tivermos um corpo glorificado.
Nesse mundo - entenda bem - o sofrimento funciona como um antídoto para que possamos suportar sofrimentos AINDA MAIORES, graças ao bom Deus.
Para sua reflexão apenas.
Com muito carinho;
Rev Emir Tavares

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

DE CEGO NÃO TINHA NADA



"...E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora" (Mc 10:52b)
Existe um ditado popular que diz que "o pior cego é o que não quer ver". Isso, evidentemente, não podia se aplicar ao "cego" Bartimeu.
A  começar pelo seu nome que era uma referência ao seu pai Timeu que, por incrível
que possa parecer, significa "excelentíssimo". Um pai de uma classe privilegiada e abastada cujo filho é um pária da sociedade.Bartimeu, ou seja, filho de Timeu, não tinha identidade própria e vivia à sombra de alguém que em momento algum demonstrou compaixão. Mas Bartimeu tinha outros planos. Ele sabia que Jesus ia passar por ali e atento esperava qualquer manifestação da sua presença. A multidão se agita: chegou a hora para Bartimeu que clama em altas vozes: "Jesus, Filho de Davi tem misericórdia de mim". Ele era "cego", mas conhecia as Escrituras e sabia reconhecer naquele Jesus o Messias prometido e que havia chegado. Ele era "cego", mas enxergava muito bem.A multidão o aperta, tentando impedir que se aproxime de Jesus. Isso só serviu para que clamasse cada vez mais alto. Chega ao ponto em que o Senhor o manda chamar. E de uma forma maravilhosa, Bartimeu responde àquele chamado. Antes mesmo  de ser curado, lança fora tudo aquilo que, até então, representava sua vida: sua valiosa capa. A sua "casa ambulante" agora não tem mais nenhum valor. Dirige-se à presença do Mestre e é imediatamente curado. Sua cura é diretamente proporcional ao tamanho de sua fé.
E aquela multidão? O que aconteceu com ela? Nada. Naquela multidão podemos ver a verdadeira cegueira do mundo, incapaz de reconhecer aquele que viera para salvar toda humanidade. Miserável, pobre, cega e nua, caminha aquela multidão tal qual no filme "Assim caminha a humanidade". Caminha para dentro do abismo que ela mesmo cavou. Abismo da intolerância e do desamor. Abismo que afasta, ao invés de agregar pessoas. Multidão desafeiçoada e egoísta, voltada unicamente para seus próprios interesses. Quem, na realidade, é cego nessa questiúncula? O que era cego e que agora vê? Certamente que não.
Agora ele segue a Jesus. De longe. Mas segue..
Aprendamos a enxergar como o "cego" Bartimeu.
De olho vivo e com carinho,
Rev Emir Tavares