quinta-feira, 13 de maio de 2010

MEDO: DESDE O PRINCÍPIO

MEDO: DESDE O PRINCÍPIO


Vemos, desde a criação do mundo, o primeiro sentimento – negativo – a ser entranhado no  homem: o medo.
Até então, o homem gozava de total liberdade em seu sentido pleno. Com o pecado, Adão toma consciência de seu estado pecaminoso e, como consequência, tem medo e tenta fugir da presença de Deus.
O medo e a fuga passam a ser uma constante na vida do homem: Caim foge e tem que ser marcado com o ferro de sua própria vergonha; Ló tem que abandonar aquela cidade promíscua – cidade em que havia feito questão de escolher e de ficar -; e por aí vai.
Na época de Moisés, quando da entrega das tábuas da Lei, o povo sente medo e seu campo de atuação é delimitado pelo próprio Deus. A partir de determinado lugar, se ultrapassado, até mesmo os animais morreriam. Que mudança em tão pouco tempo, se levarmos em consideração a história da humanidade como um todo.
E onde estava aquela comunhão na viração do dia, onde o próprio Deus tomava a iniciativa e vinha falar com aquele – até então – casal abençoado? Vinha perguntar sobre seus anseios, desejos e preocupações. Vinha dar aquele abraço gostoso; compartilhar o seu dia-a-dia celestial. O que mais queria o homem? Tomar o lugar do próprio Deus, sendo o “Homem-Deus”, conforme as palavras do filósofo Luc Ferry em seu livro que leva esse nome.


Por que aquele medo em entrar na Terra da Promessa que havia sido há séculos prenunciada pelo Senhor? O medo é resultado da dúvida, da desconfiança. “O perfeito amor lança fora o medo” (1 Jo 4:18). E ninguém personifica melhor esse "perfeito amor" do que o próprio Jesus Cristo.
Tal qual aquele povo no deserto, nossas dúvidas existenciais contribuem para que percamos o foco, e nos afastemos de Deus, e entremos em labirintos que afetam nosso estado fisico,  espiritual e emocional.
O medo faz com que entremos em “cavernas” e nos comportemos como animais insanos.
Não me refiro àquele medo saudável, que serve de alerta para nossa própria sobrevivência. Refiro-me ao medo resultante do pecado.
Precisamos voltar exatamente ao lugar onde caímos; questionarmos positivamente nossa relação com Deus e com os homens.
Precisamos retirar as pequenas pedras de nosso caminho, para que “no dia mau revestidos de toda armadura de Deus possamos resistir, vencer tudo e nos tornarmos inabaláveis” (Ef 6:13; adaptado).
O primeiro passo é esse: num ato de fé procure a presença de Deus. Procure restaurar – restaurar, no original, significa voltar ao estado primitivo antes do dano causado – sua comunhão com o Pai.
O resto fica por conta dEle, não que necessite de sua iniciativa. Só o fato de querer algo de bom provém do Pai das Luzes.
Cá entre nós; qual é o pai que não gosta de ser reconhecido e amado pelo próprio filho?
Siga em frente. Sem medos, confiando só em Jesus que já providenciou tudo para que vivas com dignidade e feliz.
Com carinho;
Rev Emir Tavares

Um comentário:

  1. Muito obrigada pelos seus comentários no meu blog!!
    Gostei muiito do seu!!
    Que Deus permaneça te abençoando grandemente!!

    Abraços com todo amor em Cristo, Bárbara Matias!

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