quarta-feira, 18 de novembro de 2009

BEIJA-ME COM MUITO AMOR!

BEIJA-ME COM MUITO AMOR!

“Beija-me com os beijos de tua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho” (Ct 1:2).
Estas são as palavras da Esposa antes de ser introduzida nas recâmaras do seu amado esposo, o rei, para fazerem amor.
Estamos lendo um verso do livro poético “O mais formoso dos cânticos”, em seu sentido original. Esse livro é um lindo poema dividido em estrofes onde, alternadamente, cada um dos enamorados vai fazendo sua declaração de amor.
Para os judeus esse livro representa a aliança do seu povo para com Javé, visto que fala do amor entre um casal. Já, para os cristãos, seria uma representação do relacionamento de Cristo com sua Igreja.
Esse livro trata, na verdade, do relacionamento homem e mulher em sua forma mais íntima.
Um amor como esse de forma alguma pode ser questionado, muito menos o fato de ser considerado, como realmente o é, um livro inspirado por Deus.
Há, inclusive, uma corrente que afirma que esse livro foi escrito no período persa, onde a opressão contra a mulher seria muito grande.
Então teríamos registrado, na Palavra de Deus, o primeiro movimento feminista, se bem que não poderíamos atribuir a Salomão a autoria da obra que, inclusive, é incerta, apesar da citação de seu nome no mesmo.
Certa mesma são a hipocrisia e a repressão com que a igreja dita evangélica, vem lidando com a questão relativa ao sexo. Não é à toa que muitos escândalos sexuais surgem vez por outra.
O cristianismo, em especial o romano – e Cristo não tem nada a ver com isso –, está repleto de repressões em nome de Deus onde tudo é pecado. Isso trás sérias conseqüências para as pessoas que convivem com um complexo de culpa infundado. Isso explicaria, quem sabe, o número crescente de divórcios por insatisfação na área sexual.
Está na hora dos casais acordarem e viverem a vida desfrutando intensamente de um amor lindo regado de um sexo gostoso e saudável como deve ser.
Vá agora até ele ou até ela. Beija-o com ardor. Leve-a para cama e desfrute desse amor “debaixo da macieira” (8:12); ou, se preferir, debaixo do edredom.
Sem culpa e com muito, muito amor.
Rev Emir Tavares

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